Numa casa, num quarto, num armário.

Numa casa, num quarto, num armário.

Um espelho reflete a face escura

Na luz que brilha, um brilho relicário,

Que luz o inanimado em vida pura.

Seres fantásticos de mundos vagos,

Alados, com seus sonhos e segredos,

Que loucamente absorvo em grandes tragos,

Abrem em minha porta tantos medos...

Pois sinto todos os sabores, como

Todas as melodias do silente

Luminoso das luzes dos objetos,

Toco com os meus olhos o meu tomo,

E tenho medo, porque fico em frente

A todos os planetas mais secretos.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 27/03/2012
Reeditado em 05/08/2012
Código do texto: T3578837
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