SONETO DA ELEGÂNCIA
SONETO DA ELEGÂNCIA
Visto-me da peçonha que me feres
Para dizer-te quão presa é a vida que te geres.
Arrecada bens nada bons ao cérebro altivo
Educa o saber doado com um desprezo imperativo...
Sem saber que esse saber advém de uma força ilustrada
De um impulso de inteligência,...
Consoante com tua existência.
E nessas nosarias insulta a beleza de uma massa estragada.
Tu és o rocambole com um recheio amargo
A tua venustidade é zerê no teu narcisismo
Pó, óleos, fragrâncias, adoçam o teu subjetivismo,...
Que ornam com a agradável vaidade burrical.
Deves com pedagogismo despir teu cérebro da futileza
Busque elegância em bibliotecas, lhe adestrarão com nobreza.
CHICO DE ARRUDA.