SONETO ICEBERG
SONETO ICEBERG
E o ás navegante de mares hipotérmicos desfila tua beleza
Morador dos pólos de um planeta,... Recheio rochoso em lavas.
Sonoplasta de seus desabamentos é a fúria benéfica da natureza
Nos ares poluentes, despe tuas lágrimas tsunami que nos escavas...
E, transeunte alheio à rota saboreia as náuseas do estrangeiro.
Água doce do mar, fonte que nada desde nosso nascimento
É a cama milenar de uma fauna proliferada no isolamento
E o canibal voraz do invasor, caçador vândalo e inospitaleiro.
Até quando estarás altivo?! O nosso mundo é tão destrutivo...
A verdura dessa existência é criminosa por estar sem consciência
E tu serás a cobaia para nossos conhecimentos em experiência.
Degelará o humano, para o implante de uma nova geografia
Engolirá terras, inundarão continentes, mudarão as correntes, seremos teus pacientes
E o superaquecimento, gerará a biologia de órgãos em asfixia.
CHICO DE ARRUDA.