O dia descia mansamente...
pelas pradarias no horizonte
c'm olhar morto vivo absorto sofria
ao vicejar tristura em pleno dia!

sinto a relva roçar nos veios d'água...
numa corrente em varal que s'estendia
no mar de sofrimento que fremia...
nos malhos dum olhar que deságua!

toda tristura do meu eu ressentido...
ao defrontar-me em rio - detido
do alto da serra que prenuncia...

nas têmporas que se abrem em afasia...
por não mais exergar tanta alvura,
dum céu perolado repleto de candura!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 13/04/2012
Reeditado em 13/04/2012
Código do texto: T3610095
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