Lá fora nem é noite nem é dia em lampejos,
Estou vulnerável ao teu veneno e sobejos,
Torpor e tristura se revelam em demasia...
Numa tela em rubro e negro que aluía!

Sou levada cambaleante em quietude
Onde sofreres se misturam amiúde...
C'm o coração rejeitado pelo mundo...
Esmagada por um ermo profundo!

Entrego-me letárgica sem perfume...
A lua cheia prateada sob esfume...
Presa num arrebol de vidro, infindo!

Impoluta num desamor imundo...
Nos bordéis lilases dos esfaimados;
Dum viver, insigne, prostituido!
 


 

 

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/04/2012
Reeditado em 23/04/2012
Código do texto: T3627764
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