Os meus olhos corroem os asfaltos

Os meus olhos corroem os asfaltos

Intrauterinos impassíveis dentro

Dos eus fetos, de todos os meus altos

Estados do silente e obscuro centro

Que habitam toda a região do mim...

Abismo faz-se carne em eu nenhum,

Preenchidos com nervos de marfim

Que rasgam todo o asfalto-véu comum.

Treme o Abismo ante a fúria deste fogo

Que rompe destas ruas de trajetos

Obscuros, derretendo o asfalto inteiro,

Molécula a molécula, num jogo

Silencioso e tão febril de retos

Caminhos em incerteza e tão certeiro.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 22/04/2012
Reeditado em 05/08/2012
Código do texto: T3628048
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