“Silêncio coesivo...”

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Fiquei muda tentando encontrar argumentos

Que desse elemento para não me deixar induzir

Pelo mais débil e colidente dos sentimentos

Que quando toma os espaços, me impede de ir

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E não obstante absurdamente amordaçada

Fiquei a mercê das indecifráveis nuances

Meio que em transe, sabendo ser emboscada

Ignorando o bom senso, exonerei as chances

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Deixei-me amar e como quem tem fome, amei

E a regra sobrepondo, deixei falar o coração

Soletrando teu nome, nos teus olhos, mergulhei

Em meio às buriladas letras, cultuei tua atuação

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Do sentir que agora jaz a boca conhece o motivo

Implícitas tantas palavras, neste silencio coesivo

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Glória Salles

-Registro na Biblioteca Nacional

-Ministério da Cultura

-E.D.A.

Glória Salless
Enviado por Glória Salless em 26/04/2012
Código do texto: T3635412
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