Soneto de 1º de maio

Dá-nos Senhor esperança no trato diário.

Que ganhar pelo suor do rosto, nosso pão,

não venha a ser vicária humilhação

não sucumba às leis de um mundo salafrário.

Que a usura não venha reter o salário,

Que nenhum homem padeça indignação.

Seja desde o 'peão' ao sócio majoritário,

dada a mesma importância e condição.

Todo vivente clama com necessidade,

Desde o útero pendemos dum mesmo galho

Fisiologicamente sofremos a mes-

ma verdade.

Como números somos joguetes dum mes-

mo baralho;

Mas, que ao menos possamos ao final da tarde,

Repousar seguros no ventre de um hones-

to trabalho.

Wellington Berdusco
Enviado por Wellington Berdusco em 30/04/2012
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