Tenho fome da carne putrefato-inexata
Que acata, cospe, e descarta,
Detrito e lixo subumano que decanta,
Na podridão dum mundo que ejecta.
Resíduos envenenados em charruas
Que s'espalham vilmente pelas ruas
Legando-os ao ocaso nas noites nuas
Solidões e negrumes sob falcatruas!
Onde seres se entregam ao nada...
Ao vender à carne consumida,
Numa urdidura feroz em extasia!
Por míseros tostões à revelia...
Enclausurados numa teia formicida...
Cerca viva e arame farpado nesta vida!