CASTELO D’AREIA!

Inda quedam-na vivas na memória,

Cada segundo seu feito quimera!

Inda quedam-na fios dessa história,

que o tempo não quietou-se nessa espera!

Desengraçado! Peca-lhe o desgosto,

o tempo de vileza aos olhos dela!

Construíra castelos ao seu gosto,

[sorria, pois a vida lhe era bela!]

Deita-lhe hoje a noite desditosa!

Sofrimento de mártir lhe acomete...

Não há mais o que lhe toca, complete!

O seu coração pétreo e alma chorosa,

que inda ama o que foi seu feliz passado,

tem na saudade, um triste adeus calado!