Rio
Corro em meio ao meio
Para foz, delta ou estuário,
E a vida nasce em meu seio,
Sou dela o seu berçário.
Mato a sede do homem
E dos animais do mato,
Dou também o que comem,
Isso é o que eu faço.
Mas por vezes mato!
Justamente minha guerra:
Como trago, levo a vida da terra.
Mas sou fundo, largo,
Se fosse diferente, Quimera!
Então esqueço e volto ao que era.