Funesta Pestana
Hoje eu sonhei que morria
Entre os descasos descabidos
Entre minha face que jazia fria
No estupor de insultos recebidos
Em certa hora nada existia
E a vida era dos desiludidos
Do verme maldito que jazia
E das dores dos seres decaídos
Hoje sonhei que morria e acordei
Ou estarei ainda sonhando sozinho
Nos delírios alcoólicos que me doei
Nas ruas já tão vagas de meu caminho
“Creio: sempre estive morto”, pensei
Por meu falso eu e minha falta de carinho.
Lord Brainron