Funesta Pestana

Hoje eu sonhei que morria

Entre os descasos descabidos

Entre minha face que jazia fria

No estupor de insultos recebidos

Em certa hora nada existia

E a vida era dos desiludidos

Do verme maldito que jazia

E das dores dos seres decaídos

Hoje sonhei que morria e acordei

Ou estarei ainda sonhando sozinho

Nos delírios alcoólicos que me doei

Nas ruas já tão vagas de meu caminho

“Creio: sempre estive morto”, pensei

Por meu falso eu e minha falta de carinho.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 18/05/2012
Código do texto: T3674090
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