Esperança
Há nestas páginas um sonhar
A leve brisa do pobre desalento,
Um sono pesado de suspirar
Embevece o triste passamento!
Quantos sonhos levei ao relento
Gemendo uma trova libertina
Dentre as lágrimas tal sofrimento
Desejei a tua alma feminina
Mas se uma nota sequer tremeu
Nas cordas largas do violino,
Uma nódoa triste na alma correu
Quando eu ainda era menino
E na ilusão a minha santa bonança
Foi o temporal de falsa ‘sperança