SONETO RÉSTIA DE MACONHADOS

SONETO RÉSTIA DE MACONHADOS

Hiberno a minha mente autocratriz

Para cegar-me da realidade deplorável

Da tempestade de uma natalidade meretriz

Que se aniquila na demografia da espécie miserável,...

Na explosão, qual me inclui de carências essenciais.

De uma réstia de humanos maculáveis

Que nos enojam com conceitos abomináveis.

São os vampiros de suas veias de cristais!

Quero um comboio de navalhas na carne política

E o meu desejo para que tenham uma morte hemitrítica

E expor seus órgãos maconhados à sanha dos necrófagos.

Quero a dor faminta a quem nos tributam antropófagos

Para mijar meus sofrimentos milenares em seus sarcófagos

E despovoar o planeta, para renascer de uma fênix paleolítica.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 21/05/2012
Reeditado em 21/07/2012
Código do texto: T3679155
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