SONETO RÉSTIA DE MACONHADOS
SONETO RÉSTIA DE MACONHADOS
Hiberno a minha mente autocratriz
Para cegar-me da realidade deplorável
Da tempestade de uma natalidade meretriz
Que se aniquila na demografia da espécie miserável,...
Na explosão, qual me inclui de carências essenciais.
De uma réstia de humanos maculáveis
Que nos enojam com conceitos abomináveis.
São os vampiros de suas veias de cristais!
Quero um comboio de navalhas na carne política
E o meu desejo para que tenham uma morte hemitrítica
E expor seus órgãos maconhados à sanha dos necrófagos.
Quero a dor faminta a quem nos tributam antropófagos
Para mijar meus sofrimentos milenares em seus sarcófagos
E despovoar o planeta, para renascer de uma fênix paleolítica.
CHICO DE ARRUDA.