A Mulher...
Abram as janelas, que a luz;
Dos teus olhos é meu viver,
Maldito dia! No qual eu pus
Este olhar de calado sofrer
Tua sombra é apenas visão
Das noites de intensa glória
De lembrar-te tenho estória
A ungir-te na mortal solidão
Não penses que leviano sou
Nem a maldade de arcanjo,
Contigo a rubra alma chorou
O enterro do morto anjo
Bem se vê que nenhum qualquer
Haverás de beijar-te santa mulher