Sofro pelas ruas e esbarro
No final da linha que desmonta
Estou só com meu escarro
Nesta encruzilhada maldita!
Cuspo e engulho o meu catarro
Hemoptise que deságua à espreita
Excurrente do corpo que rejeita
Na insigne morte que fanfarro!
Ignorado cruzo num fogo-fátuo
Perdi a fé nas urbes que construo;
Sou execrado sem dó nem piedade!
Jorro a jatos quando tusso
Engulo ascos quando penso
Na sarjeta cruel da impunidade!