Musa Imortal

Branca, soturna, gélida e imponente,

De corpo cadavérico — Rainha —

O corpo sepulcral de quem definha,

A lua cheia, lúgubre e languente.

Imaculada Santa tão sozinha,

Dama despida, nua, alvinitente,

Mirífica e lucífera nubente,

A lua morta que eu julguei ser minha.

Da escuridão amante tenebrosa,

Noturna Senhorita livorosa,

Virgem de tantas faces, tão secretas!

Oh Lua dos errantes desgraçados,

Lua dos solitários malfadados,

A Musa ideal de todos os Poetas!

10 de Maio de 2012

* Versos decassílabos no ritmo Heroico.

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 26/05/2012
Reeditado em 14/07/2017
Código do texto: T3688958
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.