Soneto 206: Passa boi, passa boiada!
Nessa vida, passa boi, passa boiada,
Sigo já sem rumo nessa estrada,
Querendo ser tua, só tua namorada,
Adormecida, viajo assim cansada!
O meu amor por ti já não vale nada,
A cada fora teu, fico então magoada,
Descabelada, sofro até por nada,
Nessa vida, já fui tão massacrada!
Cada passo, uma lágrima marcada,
Na comprida estrada calejada,
Marcas de dor sofrida, incrustada!
Das árvores vou colhendo a florada,
Abençoando cada flor perfumada...
Nesse caminho de amor, já apaixonada!
© SOL Figueiredo
26/05/2012 – às 13:45h