JANELA DO TEMPO

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Divertem-se na rua a criançada,
E bolhas de sabão a esmo são levadas...
O tempo corre na minha calçada,
Trazendo-me à tona memórias aladas.
...
Corre no meu peito inveja danada
Ao vê todo festim daquela gurizada!
Que flertam o tempo de alma lavada,
E cantam dissabores, como fosse nada.
...
Da minha janela lágimas são jorradas...
E os olhos do tempo não me falam nada
E sigo adiante a minha jornada.
...
Na orla do ventos horas são tragadas,
E as bolhas do tempo voam desvairadas
Levando em matizes memorias exaustadas.

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Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 06/06/2012
Reeditado em 06/06/2012
Código do texto: T3708914
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