Ecos

Solfejam-me silêncios e temores,

cravados a singrar ao mesmo cais,

a escarpa, o precipício, o nunca mais,

e o túmulo de Poe vertendo flores.

Não quero cores quentes que das cores

quebrassem harmonias dos cristais,

nem frágil cantochão cheirando paz,

enquanto o coração alude humores.

E na minha cabeça ainda fria,

cismava, cada canto, ter poesia

meu peito destruído pelo vento.

O pranto foi somente quando vi no

roubar o encantamento pequenino,

com olhos de sentir encantamento.