Tenho fome do mundo
Absorvo quase tudo...
Ao comer calejado...
O pão dormido - demorado!
Tenho fome do profundo
Que s'esconde no fundo...
Do m'u eu adormecido...
Nas nesgas do passado!
Faminto vou vivendo...
Comendo vou sofrendo
Os reveses do legado...
Maldito, proscrito, agredido...
Abocanhado pelos abutres,
Na súcia ardil destes seres!