Lembranças Distantes

Deixei-me levitar em pó de pétalas

Pedaços saturados de saudade

De todo intumescido p'las incrédulas

Pupilas, a sorver da humanidade

Miragens do que jaz tão intocável:

Teu rosto, onde repousa a eternidade

Descanso p'ra minh'alma rude e instável

Alento p'ra o meu resto de verdade

Por que, perto de nuvens nebulosas,

Foste deixar teu peito e a quem te quer

Não restam nem lembranças gloriosas

Que servem como abrigo na tormenta?

Esvai-se mais e mais no amor mi'a fé

O amor de que mi'a vida se alimenta!

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 09/07/2012
Código do texto: T3768619
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