Dor Desperta

Tão logo faço exata minha crença

Nestas levezas da saudade certa

No peso esmagador do ar, suspensa,

Minha soidão mantenho em chaga aberta...

Deste desejo atroz que tudo incensa

Vem sequidão, na imensidão deserta

Da areia em que, moldada tua presença,

Paira o castelo da mi'a dor desperta!

Nas efêmeras cores dos instintos

Em meio a sensações de aromas tintos

Semente lapidada em brasa pus

Ando vertendo lágrimas ao vento

Pedindo ver descer do firmamento

Teu corpo quente decomposto em luz!

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 11/07/2012
Código do texto: T3771542
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