Não tem mais poesias
Dos dias de ausência
Só restaram as folhas em branco.
O lápis antes tão usado, onipresença.
Traz a ponta quebrada no canto do banco.
O vento balança as cortinas.
A poeira na velha escrivaninha.
O desbotar das páginas
Denunciam o abandono das linhas.
Não tem mais poesias.
Dos dias de ausência
Só restaram melancolias.
Acabou a inspiração
Nos dias de ausência
Daquele coração.
Jacinta Santos
01/08/12