AUSÊNCIA 
                  


Tornam-se os segundos uma severa espera,
Peregrina, por certo, à severa condenação.
Instantes de tédio, sem liberdade imperam
Provo e sigo o negro caminho da sensação.

Quem poderá sentir meu cansaço e inércia?
A dor, vácuo em minha alma a dor de mim?
Vasta visibilidade, mundo que cega e fenece?
Sou minha ilusão, resquício da imaginação.

Choro a fuga abstrata em mistérios involuntários
Ser que não sou mas que pensa e sente-se nulo,
Incógnito, transeunte seguido pela sua sombra!

Isolamento entre eu e o mundo estrada a seguir
Horas estranhas da falta de mim, entro em mim.
Tentar enobrecer, sentir, sem que eu sinta o fim!





















 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 20/08/2012
Reeditado em 03/07/2021
Código do texto: T3839269
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