Cyclus

Soprou em mim selvagem, forte vento

Daqueles que ao passar promove estragos.

As árvores caídas ao relento,

Os rios turvos, oceanos, lagos.

E foi-se inverno, retornou verão,

De vendaval, passou à brisa leve.

Mas não importa o tempo ou a estação,

A força que é in natura não prescreve.

Ainda o sinto, trança o meu cabelo,

O meu e o seu, emaranhando os fios.

Dá nós, transpassa, os costurando em teia.

Assim como as marés e a lua cheia,

As regras da mulher, o parto e o cio,

O vento vai e vem... Não sei detê-lo...