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A VELHA ATRIZ [CCCLIV]




Nossa!... Como corrói o tempo as nossas faces,
por mais que um belo rosto seja bem cuidado!
Revi d’antiga atriz semblante sem disfarces
– não fora mais o mesmo lá do seu passado.


Teria tido a linda moça alguns impasses?
Teria a musa jovem não se resguardado?
Ou foi desventurada ao lado dos enlaces?
Ai, como dói magrém num corpo devastado!


Também envelheci, porém, assim, nem tanto,
como daquela velha atriz se foram vivas cores,
ficando à mostra a grade e todo o desencanto.


A personagem triste, esquálida, sem vida,
então em cena, já colecionou amores
– e agora exangue, feia, amarga, envilecida.



Fort., 1º/09/2012.

- - - - -
A nossa “atriz” existe; é da vida real. Só que
teve outra profissão e eu a conheci ainda
razoavelmente bela. Vi-a, em um shopping, há
poucos dias, bem trajada, contudo em estado
físico deplorável.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 01/09/2012
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3859892
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