Soneto de Morte

Pífio delírio percorre a medula

Rosto sinistro oculto nas trevas

Medo hediondo que não se estipula

Fama de horrenda, ó morte, tu levas.

Sim, tu me tiras pavores e dor

Lágrimas tristes, pesadas, furtadas

Caem dos olhos sem dolo, sem cor

Chegam ao chão taciturnas, caladas.

Basta! Maldita, tu foste vencida

Quando morreu numa cruz Doce Vida

E ressurgiu dentre os mortos. Amém!

Morto pro mundo, mas vivo pra Cristo

Deste Deus meu sinto que sou bem-quisto

Livre da morte, eu sou Seu refém.

//Diante da situação atual do meu pai, que está em coma no hospital, posto este soneto.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 01/09/2012
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3860400
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