POESIA FALSA
 
Bebi na taça de tua poesia
Como um vinho da melhor safra
Muitos sonhos, deleite e magia
Guardados em bela garrafa
 
Arados em longínquo vinhedo
Versos feitos para embriagar
Sempre envolvidos em segredo
Cada linha um convite a brindar
 
Fim de festa, a bebida azedou
Vinho falso, no chão derramou
Quebrou-se a tua bela garrafa

Versos vazios de sentimento
Da tua poesia levada ao vento
Só restou um´amarga ressaca





Interação poética:

Lavaremos as antigas taças
Para por nelas um novo vinho
Em que não há trapaças
Nem embriaguez no caminho

Trocamos também o sabor
Para não misturar os gostos
Nem crie nenhum dissabor
Nem raízes de desgostos

Quem nunca trocou de mesa
Para ficar num jeito agradável
Para um grande gole saudável

Assim o vinho mais animável
Será degustado com certeza
Em nova taça com clareza

Edson dos Santos






Vinho Ruim

Da taça que tua poesia derramava
Tal qual o vinho do melhor vinhedo,
Um sonho de magia me deleitava
Na garrafa que guardava teu segredo.

E o verso que me embriagava
Qual u'a bebida de safra divina,
Das tuas longínquas vindimas jorrava
Entorpecendo minha alma menina.

Mas ao final do festim, o teu vinho
Virou vinagre, azedou na taça
E a garrafa derramou-se ao chão...

...E o teu verso se mostrou mesquinho,
Em estrofes vazias e sem graça,
Ressaca amarga no meu coração!

Aleki Zalex



BETH LUCCHESI
Enviado por BETH LUCCHESI em 08/09/2012
Reeditado em 11/09/2012
Código do texto: T3871654
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