O palor e a tristura andejam comigo...
Chovo inúmeras lágrimas soluçantes,
Ao nenúfar das folhas languentes,
Que boiam sinistras naquele jazigo.

São tantas dores; e penúria que estriga...
Nestes báratros íngremes nos pernoites,
D'onde o corpo e alma sob fadiga...
Singram no martírio trevoso dos açoites!

Leva-me daqui e envolva-me no Sudário...
Que enxugou o suor de Jesus Crucificado,
Ao perdoar os filhos naquele Campanário!

Eu que sempre fui ímpio e sanguinário...
Proclamo: o perdão para o meu pecado,
Qu'inda vivo na agrura dum Calvário!...







 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/09/2012
Reeditado em 26/04/2017
Código do texto: T3884690
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