Soneto da solidão

Uma tarde igual, pouco a fazer

Não me dei conta fazendo trovas

Uma melodia suave faz querer

Aviva, espera boas novas

Assim de mansinho caiu a noite

Trazendo o breu, a agonia

Melancólico, sutil açoite

Prenúncio de saudade, nostalgia

Mas como no meio da multidão...

Alguém sentiria frio, solidão?

Só se for razões do coração...

Transbordando cálice de vida

Arrastando no tempo, feridas

Asas podadas, ilha escondida...

Lucas Boavista
Enviado por Lucas Boavista em 20/09/2012
Reeditado em 19/03/2015
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