Vestes enlutada!...


Dói senti-me assim, chorosa...
Neste báratro infernal, desditosa
Ao ver o seu corpo encerrado...
Nesta campa marmórea tombado!

Nas vestes duma enlutada chorosa...
Ao se debruçar no esquife fervorosa
Aonde as lágrimas vão se indo...
Num mar sequioso e desventurado!


Ao se despedir da vida sob enfermidade...
Legando-me à tristura e a saudade,
No viandante claustro das trevas!...

Aonde não haverá nuvens dulcíssimas...
Só o martírio e a fé desvirtuada,
Ao vê-lo inerte de voz silenciada!...



 
 
 


Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 21/09/2012
Reeditado em 22/09/2012
Código do texto: T3893175
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