O inferno não é a tortura da dor...
é a tortura da alegria que cega
falsa e transcendente que nega
o inferno morno do palor!...
Inferno que enclausura a dor...
no escalonar incontido do rancor
no peso da palavra que posterga
a reinvestida no qual s'entrega...
ao apagar prazeres da memória...
ao se acostumar a viver sem alegria
condenado a ficar na afasia...
na tortura maldita que dóia dóia!...
no corpo e n'alma que deveras fremia...
ao reincidir na fúria ignóbil sob letargia!...