SONETO PARA O EX-AMOR 

Fica pois com o tal amor de ontem!
Pensavas em mim como um monopólio teu
Supremo equívoco, posto é que eu
Ver-te não quero ou que de ti me contem.

Lembro que em nossa mais recente madrugada,
Ao ex-amante, compulsivamente é que te referias
Bem como às noites com ele, em monumentais orgias...
Ali, tua mente, já por libações etílicas intoxicada.

Vens agora, querendo o episódio atenuar
E o reatamento comigo, entre soluços a reivindicar.
Teu argumento: o vinho sem termo por ti ingerido...

Baco, amiga, libera de sociais amarras o sub-consciente,
Expondo-te em tua verdade insofismável e eloquente.
Eis então o fato, desde há milênios reconhecido.





Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 14/10/2012
Reeditado em 17/01/2013
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