‘A Ivana
Um dia nós chegaremos ao destino
E, mais uma das etapas, percorrida,
Entraremos de frente pela vida...
Grande sonho veremos pequenino.
E eu levarei da tua voz o hino,
- Se estiver algum dia dividida
Da minha a tua alma - mas, querida,
Ouvi-la-ei qual badalar de um sino,
Que permanece sempre na lembrança!
Mas, talvez não; talvez haja esperança
E chegue ainda o tempo que não veio...
E, então, lembraremos com ternura,
Teus olhares e os meus... Quanta doçura,
Aquele beijo vindo do correio!
(Improviso escrito na carteira da Faculdade de Direito, em Bauru, aos 09/06/1981, ‘a minha então namorada, hoje minha esposa, com esta observação: “Fica, aqui, como registro dos bons momentos da nossa convivência, no 3º termo “B”, 1 º semestre de 1981, meus improvisados e pálidos versos, que a você, Ivana, ora dedico, na esperança de que um dia, talvez, possa oferecer-te outros melhores. Com carinho, respeito e admiração, Roberto. Bauru, 09/06/81". Escrevi em seu caderno e ela ainda o guardava. Entregou-me hoje.