DE NOVO ELA, A LUA!

Lá vem você novamente, ó encantadora lua!

Outra vez a desafiar e brincar com o sofrido coração

Daquele que enlevado ante sua beleza nua

Nada consegue dizer tomado de tanta emoção.

Dessa vez, nada de ciumentas estrelas,

Imponente e sozinha pelo espaço a deslizar

Atiça a alma do poeta que ao vê-la

Do peito um comovido suspiro deixa escapar

E assim noite a dentro perdura seu desfile luminoso

Atrás de si deixa na vastidão prateado rastro leitoso

E vai cumprindo sua sina traçada “ab aeterno”

E daqui de onde a vejo, num largo e sonolento bocejo

Fico a perguntar enquanto acolho seu argento beijo

Por que fica ainda a me provocar, ó "lua de São Jorge?"

J.Mercês

29/10/2012

JOSÉ MERCES
Enviado por JOSÉ MERCES em 29/10/2012
Reeditado em 29/10/2012
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