Pesa-me!
Pesa-me, deverasmente, me pesa:
A noção exata da pouca idade,
Eu que sempre chorei de saudade...
Na pobretude desta chaga acesa!
Pesa-me, sobretudo, me pesa:
O desassossego - da mocidade!
Neste antro de fealdade...
Aprisionado na incerteza!
Ai, tenhas dó de mim - Meu amor!...
Pois, estou mui cansado, nesse torpor;
Minh'alma vagueia desprotegida!
Ai, de mim, moço belo, desiludido!...
- Não me deixes, assim, tão sofrido.
Pesa-me, a cruel solidão, sentida!...