À guisa de soneto

Vivi! Amei! Bebi qual tu.

Lord Byron

Deitada sobre alcova enobrecida,

Ornada com a blandícia d'uma flor.

Que murcha, soave, tão empobrecida,

Ancorada nos sofismas do plangor.

Oh, rosa que entoava eucaristia!

Que mesmo esquálida evola teu fragor;

O céu ovante às nuvens te partia,

Com o seu diadema fúlgido do amor.

A treda vida em chistes mui macabros,

Com os seus seres vis - odiosos magos!

Sugavam-lhe o teu néctar tão divino...

E ao fim todos sorriam embriagados,

Dormindo nas alcovas pelos lados,

Na saturnal regada pelo vinho...