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Ilusão de óptica publicada na revista Scientific American
ILUSÓRIAS PAIXÕES
Por mais tino, que temos, muitas vezes,
endoidamos, perdemos o juízo,
embarcamos num brejo, como as reses,
e não vemos o rumo, que é preciso.
Apaixona-se alguém? Pois perde o siso.
Vão-se as horas e os dias, passam meses;
as razões de viver não dão aviso,
já que o tédio nos torna maus fregueses.
De ilusórias paixões o que lucramos
é que lá, no final, dos dois um dança,
quando não há cabal correspondência.
E, por vezes, por mais que bem andamos,
sai dos trilhos quem não tem esperança
e do amor não sorveu nenhuma essência.
Fort., 13/11/2012.
Ilusão de óptica publicada na revista Scientific American
ILUSÓRIAS PAIXÕES
Por mais tino, que temos, muitas vezes,
endoidamos, perdemos o juízo,
embarcamos num brejo, como as reses,
e não vemos o rumo, que é preciso.
Apaixona-se alguém? Pois perde o siso.
Vão-se as horas e os dias, passam meses;
as razões de viver não dão aviso,
já que o tédio nos torna maus fregueses.
De ilusórias paixões o que lucramos
é que lá, no final, dos dois um dança,
quando não há cabal correspondência.
E, por vezes, por mais que bem andamos,
sai dos trilhos quem não tem esperança
e do amor não sorveu nenhuma essência.
Fort., 13/11/2012.