Meninos invisíveis

Ao sinal parado, nas marquises do estado

Nossa exclusão e as mãos que temos lavado

São uns tantos, uns poucos, uns milhares

Vem como aves leprosas, pombos nos andares

Não os queremos, mas temos os notado

Alguém os levou então sentimos o agrado

Perdidos de seus pais, anulados aos pares

Seres que andam invisíveis entre nossos olhares

Dejetos de nossa sociedade, pedem esmola

Vivem de nada, de furtos, cheiram cola

Cheiram o sopro da vida que não tiveram

Longe da vida, criação ou da escola

Não os vemos, passaram e nem os perceberam

Mas nisso não cremos, pois achamos que morreram.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 26/11/2012
Reeditado em 26/11/2012
Código do texto: T4005428
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