Meninos invisíveis
Ao sinal parado, nas marquises do estado
Nossa exclusão e as mãos que temos lavado
São uns tantos, uns poucos, uns milhares
Vem como aves leprosas, pombos nos andares
Não os queremos, mas temos os notado
Alguém os levou então sentimos o agrado
Perdidos de seus pais, anulados aos pares
Seres que andam invisíveis entre nossos olhares
Dejetos de nossa sociedade, pedem esmola
Vivem de nada, de furtos, cheiram cola
Cheiram o sopro da vida que não tiveram
Longe da vida, criação ou da escola
Não os vemos, passaram e nem os perceberam
Mas nisso não cremos, pois achamos que morreram.
Lord Brainron