À luz do poente...

Sonhavas. Desmaiava o sol. Que mágoas!

Que mágoas! Que vestido branco lindo...

Não sei por qual motivo estavas rindo,

Acaso caminhavas sobre as águas?

Que par a te escolher nas falsas galas

De amor e de saudade em sonho infindo

Cantava as melodias que te avindo,

Levava-te a corar nas frias salas?

Que mágoas! Ai, que mágoas! Que maldosa!

Na face mendicante, um borrão rosa

A marca de outro lábio; não o meu!

Que mágoas! Ai, que mágoas! Que tristeza!

Aquele olhar sincero, azul turquesa

Fitava um outro espírito no breu.