Na lira aguda.

Como era linda a noite com teu lume;

Ah, instantes infindos de bons afagos!...

Cá, dormiam olhares; jaziam perfumes!...

E o preâmbulo feérico já era mago.

Nos açoites da sonata em treva cume;

Eram mudos os estalos dos lábios ricos.

No trampolim; regalo em maior volume.

Em nosso mundo, Ó serenata em bico.

Se te versejo nas linhas à deriva

Porquanto outrora alentei-te em dádivas?!...

Em fornidos versos faustos na guarida.

Se em silêncio, procuro-te na lira plena;

Pairo na prosa dos pois selos serenos.

E em prol revoluteio na amena avenida.

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 17/12/2012
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