‘A uma artista plástica
Poeta eu não sou. Escrevo algumas
Rimas dispersas; versos malferidos
Por vezes já não são compreendidos;
Por outras, mal visíveis como as brumas.
Por sorte eu recebo reespumas...
Ainda em pensamentos invertidos,
Fugazes aos poderes dos sentidos
E frágeis qual contexto das espumas.
E eu - que dessa Arte não sou filho -,
No meu versificar que é só virtual,
E não uso nem sequer os vãos papéis...
Quem me dera, eu merecer teu brilho,
Artista que imprime a nobreza imortal
Da beleza, em tintas, telas e pincéis!