Soneto das lentas pedras azuis

Corre na carruagem

do funeral, paredes mortas

lentas pedras azuis

que despidas de luz

a despencar em horas

peciosas a abocanharem

os calcanhares dos ponteiros

tempestades bizarras de luto

bendidas pedras azuis

voando às cegas do sótão

das minhas avarezas surdas

a compor requiens

com pervestidas ruas mudas

desesperadas a procura de vícios.

sinque de mello
Enviado por sinque de mello em 07/03/2007
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