Soneto das lentas pedras azuis
Corre na carruagem
do funeral, paredes mortas
lentas pedras azuis
que despidas de luz
a despencar em horas
peciosas a abocanharem
os calcanhares dos ponteiros
tempestades bizarras de luto
bendidas pedras azuis
voando às cegas do sótão
das minhas avarezas surdas
a compor requiens
com pervestidas ruas mudas
desesperadas a procura de vícios.