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“Que esta minha paz e este meu amado silêncio não iludam a ninguém.
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios. 
Acho-me relativamente feliz porque nada de exterior me acontece...mas em mim, na minha alma, pressinto que vou ter um terremoto.”(Mario Quintana)

SOU UM VULCÃO
 
Que esta minha paz não te iluda
Nem mesmo este silêncio que percebes
Tenho os lábios cerrados, boca muda,
Tu vês apenas a calma que recebes...
 
Veja bem... Não é paz de um pós-guerra
Nem um silêncio de morte em cemitérios
Tenho dentro de mim certezas férreas
Trago em meu peito normas e critérios...
 
Se te pareço assim feliz, dentro de mim
Existe um vulcão que não tem fim,
Que insiste em se manter e não fenece
 
Se nada externo à minha vida acontece
Meu sangue pulsa, ferve e só eu noto
Que estou prestes a irromper em terremoto....
28/12/2012