SIDÉREA
Branca e aromal; alva, quase de cera.
O teu aspecto é vago, mudo, incerto...
Não sei de onde vieste, de que Esfera,
Longe daqui, talvez do céu mais perto...
Fora um sonho talvez. Amanhecera.
E em meio a espasmos, outra vez desperto.
Tavez num lapso louco eu esquecera
No quarto, um frasco de perfume aberto...
E entre os palores virginais da lua,
Como num vão fremir que me inebria,
Revejo mudo a tua imagem nua.
Quem dera abrir as asas d´anjo e, em riste,
Galgar do Azul a nebulosa fria...
Subir tão alto quanto tu subiste!
QUINTINIANO