SIDÉREA

Branca e aromal; alva, quase de cera.

O teu aspecto é vago, mudo, incerto...

Não sei de onde vieste, de que Esfera,

Longe daqui, talvez do céu mais perto...

Fora um sonho talvez. Amanhecera.

E em meio a espasmos, outra vez desperto.

Tavez num lapso louco eu esquecera

No quarto, um frasco de perfume aberto...

E entre os palores virginais da lua,

Como num vão fremir que me inebria,

Revejo mudo a tua imagem nua.

Quem dera abrir as asas d´anjo e, em riste,

Galgar do Azul a nebulosa fria...

Subir tão alto quanto tu subiste!

QUINTINIANO

Quintiniano
Enviado por Quintiniano em 12/01/2013
Reeditado em 12/01/2013
Código do texto: T4081738
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