CONTENDA COM A VIDA

Luto, brigo, é gládio em contenda...

Me firo, me atormento a cada instante

na busca de conter meu tino errante,

desvairado EU que tenta e não se emenda.

Se busco, em corpo, a vida que desvenda

os prazenteiros atos, qual infante

me sinto em grilhões de aço torturante

sem ocultar-me da verdade, a venda.

Inaceitáveis trilhos que persigo !

Conducentes ao infeliz perigo

de perder o que me é mais caro, enfim.

Desmedida vida ! Ao viver contigo,

em desventura vivo o teu castigo,

pagando os preços por amar assim.

Wagno 18-01-13