Na métrica precisa

No ensejo da hora cristalina.

Sob gracejo dos vates na mira.

Na aurora distinta... peregrina!

Como são mates os tons da lira.

Na métrica precisa do soneto.

Domínio e desvelo na procela!

Inquieto, indomável nos tercetos!

Jazem dons do profeta que anela.

No lírio, perfumado... há cores!

E já não há martírio em flores!

No albor do destino da paixão!

Naquele verde vale, puí vertigens!

Deslizei teu corpo, tuas origens!

Despi teu ardor, amei-te no chão!

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 04/02/2013
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