Eternidade Virtual

Parece que o tempo não importa

o fato é que eu não sinto em mim mudanças

entre a ternura das canções e a euforia das danças

choro a dor de quem não encontrou aberta a porta.

Porta de madeira nobre e parafusos trabalhados

que se apertam com dedos molhados e hesitantes

a força abalada pelas lembranças do antes

e a necessidade obrigatória de torná-los fechados.

Um caixão imaginário que a mente fabricou

devido ao tedio insano e às vezes fraudulento

tornando tola a mente e a mão do escritor

A vida torna-se em filosofia um passatempo

a eternidade faz do nosso corpo um provedor

que antecipa com um suspiro o logon do novo tempo.

Alexandre Fernandes
Enviado por Alexandre Fernandes em 14/03/2007
Código do texto: T412571