Lodo
Primeiro me abraçaste fortemente
como quem diz "eu te amo tanto, tanto..."
Depois sorriste alegre para mim,
tentando afugentar meu punge pranto.
Tu viste o meu olhar triste, carente
encobrindo a minha alma com um manto,
claro que inutilmente, pois, enfim
disseste-me sorrindo, sem espanto:
- Não chores mais poeta sem ninguém,
porque hoje mudarás seu cativeiro.
E eu sonhei alegria alva de além.
Basta! Que o desleal Passarinheiro
fez de ti a cascavel que mata sem
remorso de apagar-me por inteiro!
19/02/2013 11h05